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A Escolha do Coração

A vida é feita de escolhas. Todos os dias fazemos escolhas, desde o momento em que nos levantamos, o que escolhemos fazer com o nosso dia, o caminho que escolhemos percorrer quando vamos para o trabalho, até as escolhas que parecem ser insignificantes, como escolher a roupa que se usa. Até quando achamos que não estamos a fazer escolhas, estamos a escolher ficar onde estamos – isto também é uma escolha, de não fazer absolutamente nada.



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Podemos imaginar a nossa vida como um caminho com muitas bifurcações, sendo cada uma delas escolhas que fazemos. Mas há escolhas que exigem mais de nós, têm mais importância na nossa vida, e que podem nos paralizar por não sabermos que escolha fazer. O importante nesta altura é entrarmos em contacto com os nossos sentimentos e ouvirmos o nosso coração.


Quando é necessário fazer uma escolha, surgem dúvidas de qual o caminho a tomar. Estas dúvidas dispersam-nos, são como pensamentos que a mente cria para nos levar a investigar as diversas opções. Mas isto só acontece porque não estamos em contacto com os nossos sentimentos. Porque não confiamos no que o nosso coração nos diz.


Só existe um caminho possível, o caminho do coração. O que acontece é que grande parte do tempo nós queremos experimentar outros caminhos. Ganhar conhecimento através da experiência. Isto não está errado. Apenas nos desvia um pouco do objectivo final. Digamos que escolhemos um caminho mais longo. Mas o destino é o mesmo, o caminho do coração. Fazemo-lo porque por vezes a nossa Alma precisa de aprender algo mais ao ir por esse desvio.


Viemos aprender através do Livre Arbítrio, do experienciar diferentes opções, que a única escolha possível é a escolha do coração pois é o único caminho que nos abre as portas para a felicidade, para o Amor. E saber ouvi-lo é um dom. É preciso estarmos em contacto com os nossos sentimentos, ao nível do coração, para perceber qualquer alteração no seu ritmo, qualquer alteração nas nossas emoções.


A nossa sociedade é extremamente mental. Desde pequenos que nos é estimulado o intelecto, pois a inteligência é muito sobrevalorizada. É assim que somos testados nas escolas – pelo conhecimento que adquirimos. Alimentamos uma mente que, infelizmente, gosta de pensar, de estar ocupada, de criar enredos, problemas, para se manter activa. E gosta de adquirir conhecimento, experiência. Quanto mais vivências ela viver, melhor ela se sente. Só que isso afasta-nos do que nos faz feliz.


A felicidade vem do acto de não pensar.


E isso acontece quando estamos absorvidos em actividades de grande prazer, que estimulam a nossa criatividade, como é o caso de pintar, dançar, cantar, etc. É quando a mente se ausenta e deixa o caminho livre para o coração actuar. E o coração adora expressar-se criativamente. É aí que ele encontra o seu terreno, a sua casa.


E para que sigamos o caminho do coração, a vida apresenta-nos muitas escolhas possíveis. Para que, de entre elas, possamos aprender a ouvir o nosso coração. É ele que devemos ouvir e confiar.

Só que, por vezes, damos mais ouvidos à mente, aos nossos medos e inseguranças, aos pensamentos negativos, ao que os outros dizem que devemos fazer. Só que a noção de felicidade é diferente para cada um. Aquilo que faz feliz a um não faz feliz ao outro, porque todos somos diferentes.


Cada um de nós veio se realizar de determinada forma, seguindo um determinado caminho. Se todos fossemos professores, não haveriam médicos, arquitectos, electricistas, cabeleireiros, etc. O único caminho possível passa por ouvir o nosso coração. Entender a sua linguagem. Entender quando estamos alegres a realizar uma tarefa, absorvidos no momento, e quando estamos a desempenhar algo em esforço, desejando que o tempo passe o mais rápido possível.


Mas para seguirmos o nosso coração é necessário estarmos munidos de muita coragem. Sem ela não conseguiriamos fazer frente aos outros, que pensam de forma diferente da nossa, ou superar os nossos medos e inseguranças. E por vezes, isso pode ser muito difícil. Precisamos ser capaz de nos afirmar e, principalmente confiar em nós próprios, nos nossos sentimentos, no nosso coração. Enquanto não tivermos a coragem de seguir a escolha do nosso coração, de a aceitarmos, e fugimos dos nossos sentimentos, a vida coloca-nos em situações de grande sofrimento até que façamos a escolha certa. Aprender a ter coragem para aceitarmos quem somos e o caminho que o nosso coração escolheu para nós, mesmo que tão diferente do dos outros, é um grande acontecimento. É quando as portas do Amor se abrem para nós.


A coragem para sermos quem somos é a chave. 


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