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Saber Amar

Atualizado: há 3 dias

Viemos aprender a nos amarmos a nós próprios. E é necessário fazermos uma parte deste caminho sozinhos. A vida coloca-nos em situações de solidão e isolamento para que aprendamos a estar na nossa própria companhia, a conviver connosco próprios. 

Para que o outro nos ame, é preciso que nós nos amemos em primeiro lugar. Se nós não gostarmos de nós, como é que os outros podem gostar?



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Quando gostamos de alguém, esta pessoa torna-se especial para nós e damos-lhe valor. E, por vezes, esse valor sobrepõe-se ao nosso amor próprio. E é aí que reside o problema. Quando colocamos o outro acima de nós, e lhe damos demasiado valor, isso tem consequências graves para a nossa Alma. Porque perdemos o contacto com Ela. O outro torna-se no centro da nossa vida e perdemos o nosso poder pessoal para ele. É isso o que acontece em muitos tipos de relações, familiares, amizades, amorosas, etc.


Viemos aprender a estar numa relação sem perder o nosso amor e valor próprios, o nosso poder pessoal. É preciso estar sempre alerta e em contacto com a nossa Alma.


A grande maioria das relações amorosas acontece com base na carência emocional. Foi nos passada uma programação de que somos uma metade que procura outra metade. E que precisamos dela para sermos felizes, para experienciarmos o Amor. Esta imagem cria em nós dependência do outro e uma incapacidade para sermos felizes sozinhos. E principalmente, coloca o Amor e a felicidade fora de nós, no outro, quando na realidade eles existem dentro de nós e à nossa volta. Cria uma enorme ansiedade, infelicidade e desfoca-nos completamente de nós próprios. Atrasa a nossa evolução, porque em vez de nos concentrarmos na nossa vida, em nos realizarmos, em sermos felizes, cria a ideia de que não somos felizes sem a outra pessoa. E acabamos por não dar ao mundo o melhor de nós próprios, o nosso Amor. Tudo porque achamos que não o temos, que ele está fora de nós. E principalmente, que vem do outro. É como se a chave da nossa felicidade estivesse com outra pessoa. Tira-nos o nosso poder pessoal e faz-nos dá-lo ao outro. É por isso que a carência nas relações cria muitos conflitos. Porque um nunca dá o que o outro precisa e acredita que deve receber. Porque onde existe carência existe um vazio para ser preenchido. E nem sempre o outro o preenche na totalidade. Porque nem sempre um entende o vazio do outro. Pois todos temos necessidades diferentes porque todos somos diferentes, com experiências diferentes.


Numa relação em que cada um é um ser inteiro,


em que não há dependência, um não sobrevaloriza o outro, um não perde o seu poder pessoal para o outro, é uma relação completa, dinâmica, que se alimenta constantemente, em que os dois seres evoluem um com o outro. Há uma troca constante. E não há exigências de ambos os lados. Porque ninguém é obrigado a nada. Cada um está na relação porque o escolhe estar e não por dever, obrigação, ou porque um acha que precisa do outro para ser feliz ou para sentir Amor. Não há expectativas para que o outro seja isto ou aquilo, porque não há necessidade de que o outro nos dê isto ou aquilo. Há um maior companheirismo, compreensão, tolerância, aceitação e principalmente, paciência. Olhar para o outro a partir da Alma, como um ser que não é perfeito. E aceitar essa imperfeição, pois nenhum de nós é perfeito enquanto aqui no planeta Terra.


Esse é o Maior Amor. O importante deixa de ser o precisar do Amor que o outro tem por nós, e passa a ser o oferecer o Amor que já sentimos, que já existe dentro de nós. A verdade é que o outro é apenas uma personagem que desperta o Amor, que já existe, dentro de nós. Ele é a inspiração. Mas o Amor pode ser despertado por ele, como por tantas outras coisas na nossa vida. Desde o momento em que acordamos até ao momento em que vamos dormir, a oportunidade para sentir Amor existe à nossa volta. É preciso é saber apreciar cada momento, cada ser, cada oportunidade. E, para isso, precisamos estar em contacto com a nossa Alma, ao longo do dia. É quando fazemos contacto com Ela, que experienciamos esse Amor. Pois o Amor que procuramos é o Amor da nossa Alma por nós. E só quando fazemos algo que nos permite estar em contacto com Ela, é que sentimos esse Amor. Esse Amor está disponível para todos nós. E não precisamos de ninguém para o sentir. É só aceitarmos esse Amor.


É permitirmo-nos a sentir esse Amor.


E o caminho a seguir é através do coração. É no coração que está a chave para aceder à nossa Alma. É ele que guarda o poder que temos de nos ligarmos ao mar de Amor disponível dentro de nós e à nossa volta.


Apreciar cada momento, cada situação, cada pessoa, cada ser, cada coisa! É só apreciar! Apreciar com o coração!

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